Nosso Bispo Diocesano Dom Valmor Cesar Teixeira e o Diretor Geral da Faculdade Católica, Padre Rogerio Felix Machado, dão boas vindas aos novos acadêmicos do Curso de Teologia, nesse ano letivo que se inicia.
Por D. José Valmor Cesar Teixeira, SDB – Bispo Diocesano de São José dos Campos
Quero desejar a toda a comunidade acadêmica, da Faculdade Católica de São José dos Campos, um feliz e profícuo ano de crescimento intelectual e humano. Aproveito a publicação da Constituição Apostólica do Papa Francisco, em 29 de janeiro, próximo passado, chamada VERITATIS GAUDIUM, sobre as Universidades e as Faculdades Eclesiásticas, para apresentar o que a Igreja pensa a respeito das mesmas, e portanto, também de nossa Faculdade Católica. Diz-nos o Papa Francisco que é preciso “uma renovação e um relançamento da contribuição dos estudos eclesiásticos para uma Igreja em saída missionária. Podemos enunciar aqui pelo menos quatro questões, no sulco do ensinamento do Vaticano II e da experiência da Igreja amadurecida nestas décadas de escola dele, à escuta do Espírito Santo e das exigências mais profundas e interrogativos mais agudos da família humana”.
- a) Antes de mais nada, critério prioritário e permanente é a contemplação e a introdução espiritual, intelectual e existencial no coração do querigma, ou seja, da feliz notícia, sempre nova e fascinante, do Evangelho de Jesus, «que cada vez mais e melhor se vai fazendo carne» na vida da Igreja e da humanidade. Aqui temos o mistério da salvação, de que a Igreja é em Cristo sinal e instrumento no meio dos homens: «um mistério que mergulha as raízes na Trindade, mas tem a sua concretização histórica num povo peregrino e evangelizador, que sempre transcende toda a necessária expressão institucional (…) e que tem o seu fundamento último na iniciativa livre e gratuita de Deus».
- b) Segundo critério inspirador, intimamente coerente com o anterior e dele derivado, é o diálogo sem reservas: não como mera atitude tática, mas como exigência intrínseca para fazer experiência comunitária da alegria da Verdade e aprofundar o seu significado e implicações práticas.
- c) O terceiro critério fundamental que quero recordar: a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade exercidas com sabedoria e criatividade à luz da Revelação. O que qualifica a proposta académica, formativa e de investigação do sistema dos estudos eclesiásticos, tanto no nível do conteúdo como do método, é o princípio vital e intelectual da unidade do saber na distinção e respeito pelas suas múltiplas, conexas e convergentes expressões. Trata-se de oferecer, através dos vários percursos propostos pelos estudos eclesiásticos, uma pluralidade de saberes, correspondente à riqueza multiforme da realidade na luz patenteada pelo evento da Revelação, pluralidade essa que seja ao mesmo tempo harmoniosa e dinamicamente reunificada na unidade da sua fonte transcendente e da sua intencionalidade histórica e metahistórica, como se apresenta escatologicamente em Cristo Jesus: «n’Ele – escreve o apóstolo Paulo – estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Col 2, 3).
- d) O quarto e último critério diz respeito à necessidade urgente de «criar rede» entre as várias instituições que, em todas as partes do mundo, cultivam e promovem os estudos eclesiásticos, ativando decididamente as oportunas sinergias também com as instituições académicas dos diferentes países e com as que se inspiram nas várias tradições culturais e religiosas, dando vida simultaneamente a centros especializados de investigação com a finalidade de estudar os problemas de grandeza epocal que hoje investem a humanidade, chegando a propor pistas oportunas e realistas de resolução.
Hoje, diante dos nossos olhos, surge «um grande desafio cultural, espiritual e educativo que implicará longos processos de regeneração» também para as Universidades e as Faculdades eclesiásticas. Nesta estação desafiadora e fascinante, marcada pelo compromisso de perspectivar uma configuração renovada e clarividente dos estudos eclesiásticos, que nos guie, ilumine e sustente a fé jubilosa e inabalável em Jesus crucificado e ressuscitado, centro e Senhor da história. A sua ressurreição, com o dom superabundante do Espírito Santo, “«produz por toda a parte rebentos deste mundo novo; e, ainda que os cortem, voltam a despontar, porque a ressurreição do Senhor já penetrou a trama oculta desta história»” (VG).
Assim, desejo a todos um abençoado Ano Acadêmico 2018.
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Por Padre Rogerio Felix Machado – Diretor Geral da Faculdade
Caros estudantes, professores, colaboradores e amigos da Faculdade Católica de São José dos Campos,
É tempo de aprender teologia! De dar à sociedade, de modo consistente, as razões da nossa esperança em Deus. Trata-se de debruçar-se sobre a Palavra de Deus e deixar-se encontrar por Jesus Cristo e, a partir daí, olhar a si mesmo, o outro, Deus e a natureza de um modo novo. Um saber que que ilumina a alma, aquece o coração e nos transforma em construtores felizes do Reino de Deus. Simples assim! Algo que mexe tão profundamente conosco e nos faz acreditar que um mundo mais humano e mais de Deus, é possível. Porque é ela, a teologia, que nos faz interpretar os sinais dos tempos e a reagir, iluminados pela fé, sempre em defesa da vida das pessoas, especialmente das que mais sofrem. Aliás, a fé é que move a teologia. Porque temos fé, queremos compreende-la o máximo que pudermos.
Que a pesquisa teológica nos torne mais fervorosos e comprometidos discípulos missionários de Jesus. Esta faculdade Católica é nossa! Apaixone-se por ela. É um sonho de Deus que se realiza pelas mãos operosas de muita gente. Ame, defenda e divulgue esta instituição que está a serviço da evangelização.
Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Mestra, interceda junto a Deus para que nosso ano seja muito abençoado.
Deus abençoe a todos.