Category: Notícias da Igreja no Mundo


Publicada Portaria de Descredenciamento Voluntário da Faculdade Católica de São José dos Campos

Por Faculdade Católica,

PORTARIA Nº 1.960, DE 26 DE OUTUBRO DE 2023

(Publicada no D.O.U. Seção 1, nº 206, p. 77 em 30 de outubro de 2023.)

 

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, tendo em
vista o art. 2º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, o art. 4º da Lei nº 10.870, de
19 de maio de 2004, o Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, a Portaria
Normativa nº 20 e a Portaria Normativa nº 23, ambas de 21 de dezembro de 2017,

resolve:

Art. 1º Homologar o Parecer CNE/CES nº 395/2023, da Câmara de Educação
Superior, do Conselho Nacional de Educação, referente ao Processo nº
23000.026204/2022-90.

Art. 2º Descredenciar, a pedido, a Faculdade Católica de São José dos Campos
– Católica-SJC (cód. 15521), credenciada pela Portaria MEC nº 1.069, de 1º de novembro de
2013, publicada no Diário Oficial da União – DOU, de 4 de novembro de 2013, com sede
na Avenida São João, nº 2.650, Bairro Jardim das Colinas, no município de São José dos
Campos, no estado de São Paulo, mantida pela Associação Cultural e Educacional da
Diocese de São José dos Campos (cód. 15021), com sede no mesmo município e estado
(CNPJ nº 11.345.554/0001-47).

Art. 3º Fica a encargo da Faculdade Dehoniana – Dehoniana (cód. nº 1857) a
guarda permanente do acervo acadêmico em condições adequadas de conservação, de
fácil acesso e de pronta consulta.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CAMILO SOBREIRA DE SANTANA

XIV Semana Teológica – Faculdade Católica-SJC

Por Faculdade Católica,

A FACULDADE CATÓLICA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS convida você para participar da XIV Semana Teológica que vai acontecer nos dias 8, 9 e 10 de setembro/2021.

Tema: A VIDA DE JESUS CRISTO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A COMUNIDADE DE FÉ

Segue o link para a sua participação remota:

XIV Semana Teológica CATÓLICA-SJC

O convite está aberto a quaisquer interessados no tema.

Participe!

Divulgue!

 

Campanha da Fraternidade 2020 por Antonio Aparecido Alves

Por Faculdade Católica,

Campanha da Fraternidade 2020: vencer o vírus da indiferença.

Pe. Antonio Aparecido Alves.*

A cada ano a Quaresma é enriquecida com a Campanha da Fraternidade, uma iniciativa da Igreja do Brasil, através da CNBB, que começou tímida, em 1962, na Diocese de Natal e, a partir de 1964, foi assumida em nível nacional. Longe de ofuscar o sentido da Quaresma, como esbravejam algumas vozes isoladas, ela o potencializa, assim como o tema da festa do Padroeiro não obscurece, mas sim enriquece a Novena que fazemos na Paróquia e nos ajuda a vivenciá-la bem.
Neste ano a Campanha vem nos questionar a respeito da Vida, temática que já esteve presente em outras, mas com enfoques diferentes, o que indica uma certa continuidade no tempo, embora o período intensivo da campanha seja relativamente curto. A presente Campanha apresenta a vida como Dom e Compromisso. Ela é dom, porque Deus no-la deu livremente, uma vez que nenhum de nós pediu para nascer. Como afirma o Texto-Base, citando Dom Bosco: “Deus nos deu a vida de presente, e o que fazemos com ela é o nosso presente para Ele”. A vida é, também, compromisso, pois devemos cuidar da vida de todos e do planeta.
Na quarta-feira de cinzas nós rezamos a Coleta da Missa pedindo que a prática da penitência quaresmal nos ajudasse a vencer o espírito do mal. De fato, a conversão não é somente deixar de fazer coisas erradas, mas é algo que envolve o coração, o mais profundo e íntimo de nós, como indicava a primeira leitura dessa liturgia (Joel 2,12-13). Isto implica uma mudança de mentalidade e renovação interior, como nos diz o vocábulo grego metanoia (μετάνοια) utilizado no Novo Testamento e traduzido para o latim como conversão ou arrependimento.
Existe, hoje, um vírus tão letal quanto o coronavirus, que é o da “indiferença”. Em Lampedusa (Itália), diante do drama dos refugiados, o Papa Francisco alertou o mundo sobre a sua existência: “Quem é o responsável pelo sangue destes irmãos e irmãs? Ninguém! Todos nós respondemos assim: não sou eu, não tenho nada a ver com isso; serão outros, eu não certamente. /…/ Hoje ninguém no mundo se sente responsável por isso; perdemos o sentido da responsabilidade fraterna; caímos na atitude hipócrita do sacerdote e do levita de que falava Jesus na parábola do Bom Samaritano”. É este vírus da indiferença que esta Campanha nos ajuda a combater, é esta a mudança de mentalidade que nos é proposta para a conversão quaresmal, a fim de que iniciemos uma verdadeira revolução do cuidado.
O ícone deste chamado à conversão é o samaritano, que costumamos adjetivar como “bom”, mas que Jesus chama simplesmente de “um samaritano” (Lc 10, 25-37) na parábola à qual responde a pergunta do doutor da Lei: “Quem é o meu próximo?”. Esse samaritano viajante vê o homem caído à beira do caminho e sente compaixão, interrompe sua viagem e lhe dá um atendimento emergencial, para depois levá-lo a uma hospedaria para que receba cuidados mais qualificados, pelo que paga adiantado. Além disso, recomenda ao dono da hospedaria para que não economize recursos no cuidado com o homem pois, se gastar a mais, ele o reembolsará quanto retornar.
Antes desse samaritano solidário, haviam passado por ali duas pessoas, um sacerdote e um levita, pessoas certamente muito religiosas. No entanto, sua religiosidade não foi suficiente para abrir os seus olhos para o drama daquele que jazia na estrada e, por isso, indiferentes com aquela situação, passaram adiante, talvez apressados para chegar ao templo. É bom recordar, a propósito, o ensinamento de Santo Tomás de Aquino, citado pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, de que uma obra de misericórdia é mais importante para agradar a Deus, do que os atos de culto (n. 106-107). Aliás, na Bula de proclamação do Ano da Misericórdia, Misericordiae Vultus, ao comentar o evangelho de Mateus 25, 31-46, o mesmo Pontífice afirmou: “Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados” (n. 15)
Ter os olhos abertos para o drama das pessoas, perceber a realidade com compaixão e entrar na lógica do cuidado, eis o chamado desta Campanha. Na homilia da missa em Lampedusa, o Papa Francisco afirmou que a “cultura do bem-estar leva à indiferença a respeito dos outros; antes, leva à globalização da indiferença. Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença”. Eis a mentalidade a ser mudada, eis o que deve ser consertado em nosso coração, eis o espírito do mal a ser combatido nesta quaresma.
Por fim, se o ícone da Campanha da Fraternidade neste ano é o samaritano solidário, o seu exemplo é Santa Dulce dos Pobres, como está evidenciado no cartaz, onde ela está na rua e ocupa o centro de um grupo de pessoas em situação de necessidade. Esta mulher, frágil e humilde, com pequenos gestos foi realizando uma grande obra, no cuidado com os mais vulneráveis da Bahia. Poderia ter sido colocado no centro do cartaz um santo mais famoso e conhecido, como Madre Tereza de Calcutá, Santa Paulina, São Vicente de Paulo, São Francisco de Assis ou outros. Porém, foi colocada essa mulher, muito próxima de nós, como que indicando que está ao nosso alcance fazer o que ela fez. Basta vencer o vírus.

 

Doutor em Teologia (PUC-Rio) e Mestre em Ciências Sociais (Gregoriana/Roma).

Professor de Teologia e Coordenador de Pós-Graduação na CATÓLICA-SJC.

Pároco na Paróquia São Benedito do Alto da Ponte em São José dos Campos.

 

Foto: www.diocesesjc.org.br

XII Semana Teológica

Por Faculdade Católica,

Em setembro, a Faculdade Católica de São José dos Campos realiza sua 12ª Semana Teológica, com palestras ministradas por renomados especialistas. O evento é gratuito e aberto ao público.

Este ano, a Semana Teológica oferece, mais uma vez, conteúdos com qualidade e profundidade sobre o tema: “Perspectivas Teológicas Atuais: o jovem, a ecologia e a liturgia”. É oportunidade que deve ser aproveitada para o enriquecimento do conhecimento.

Divulgue e participe!

Programação:

.Dia 9 de setembro (segunda-feira), 19h

  • “Liturgia como local de oração, celebração e ministerialidade”
    – Prof. Pe. Antonio Sagrado Bogaz – Doutorado em Teologia pelo Pontifício Ateneo Santo Anselmo, Itália.
    – Prof João Henrique Hansen – Doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo.

.Dia 10 de setembro (terça-feira), 19h

  • “O tríplice múnus de Cristo no presbitério das igrejas: Sedia, Ambão e Altar”
    – Prof. Gabriel dos Santos Frade – Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica-SP. Editor Assistente das Edições Loyola, Brasil.

.Dia 11 de setembro (quarta-feira), 19h

  • “O Jovem como o presente (hoje) da Igreja”
    – Profª. Pâmela Santos – Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica-SP.

.Dia 12 de setembro (quinta-feira), 19h

  • “O Sínodo da Amazônia: um olhar para criação”
    – Prof. Pe. Luiz Albertus Sleutjes – Mestrado em Teologia Morale – Accademia Alfonsiana pela Pontifícia Universidade Lateranense, Itália.

.Dia 13 de setembro (sexta-feira), 19h

  • “Inculturação: um caminho possível?”
    – Profº Dr. Pe. Eduardo Binna – Doutorado em Sciencia Eclesiastica Orientale pelo Pontificio Istituto Orientale, Itália. Mestrado em Teologia pelo Centro Universitário Assunção-SP.

A CNBB e a reforma necessária

Por Faculdade Católica,

Pe. Antonio Aparecido Alves, professor na Faculdade Católica-SJC, publicou no Jornal O Vale uma reflexão sobre a posição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a cerca das reformas de que o país necessita.

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é uma entidade que tem um papel fundamental na vida pública brasileira e, por isso, se posiciona profeticamente diante das questões socioeconômicas e políticas que impactam, quase sempre, sobre os mais pobres. Fiel a Jesus Cristo, ela o faz não ideologicamente, mas à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja. Por ocasião da proposta da reforma da Previdência do Governo Temer, a CNBB se manifestou vigorosamente, afirmando que esta escolhia o caminho da exclusão social. Agora, diante da PEC 06/2019, a proposta da Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional, os Bispos se manifestam através da Mensagem ao Povo Brasileiro, divulgada no encerramento de sua 57ª Assembleia Geral, juntamente com outros temas sociais de relevância para o momento atual.

Nesta Mensagem a CNBB não fala exclusivamente da Reforma da Previdência, mas, em um parágrafo, a equaciona com outras duas, a Política e a Tributária, reconhecendo que são “necessárias” para o Brasil. No entanto, a entidade coloca dois critérios para que estas sejam legítimas: devem ser feitas em vista do bem comum e com participação popular, o que impede que atendam a interesses de lobbies que se instalam na cúpula do Poder. Em fidelidade ao Evangelho, propõe um princípio norteador: devem atender, em primeiro lugar, os pobres, pois esses são “os juízes da vida democrática de uma nação. Nenhuma reforma será eticamente aceitável se lesar os mais pobres”.

A partir disso nós, cristãos católicos, temos uma orientação de nossos Bispos para avaliarmos, não somente a questão da Previdência, mas também as outras reformas que são necessárias. Poderíamos resumir na seguinte pergunta: Em que elas lesam ou beneficiam a vida dos mais pobres? A resposta a essa questão direcionará nosso maior ou menor apoio a elas, bem como nos levará a somar juntos com outras entidades da sociedade civil por reformas que, de fato, tragam mais vida ao povo brasileiro, mormente os mais vulneráveis.

A preocupação da Igreja do Brasil com a questão social antecede a criação da CNBB. O Papa Pio 11, em carta ao Episcopado brasileiro em 27/10/1935 recomendava “um cuidado especial para com os pobres, aos quais a Igreja tem grande amor, a exemplo de Jesus”, bem como a realização de reuniões e formação de militantes em questões sociais. Fiel a Jesus Cristo, no espírito do Concílio Ecumênico Vaticano 2 e motivada pelas Conferências Gerais do Celam em Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007) e, agora, com a nova perspectiva eclesiológica do Papa Francisco, a Igreja no Brasil continuará desenvolvendo, entre avanços e recuos, uma forma de presença pública que a coloca, não somente como interlocutora da sociedade, mas como defensora corajosa dos direitos dos mais vulneráveis.

Pe. Antonio Aparecido Alves é Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma/Itália) e Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e padre da Diocese de São José dos Campos.

Confira aqui